terça-feira, 28 de setembro de 2010

Introspecção!


Não tenho o que dizer. Nos dias iguais aos quais me submeto ou sou submetida. Não por vontade, mas por necessidade. Me vejo como que numa ilha ou numa cela e um calendário na mão. Cada dia parece durar 48 horas e vou riscando os dias um a um. São dois meses e ainda não se passou um. Sentada e olhando para o além, mesmo assim não conseguindo ver nada além de hoje. De agora! Mas continuo...esperando....esperando....
Preciso de um livro e não tenho vontade de ler, preciso de novos discos e não tenho vontade de ligar o som, preciso caminhar e não tenho vontade de andar, preciso respirar e não quero abrir a janela, preciso de expectativas e não tenho vontade de fazer planos.
O que fazer? Isso vai passar? Vou voltar a ser àquela pessoa ativa, alegre e totalmente alto astral? As dores que sinto também vão passar, vão me deixar pra eu deixar de desespero?
Quero ter um faniquito. Quero ter um xilique. Quero agora descer do salto e fazer um barraco. Quero rodar a baiana literalmente. Não é possível ser uma pessoa tão "in"quero continuar a ser "ex" (diga-se introvertida/extrovertida). Quero me virar rapidinho para observar o mundo com olhares atentos, brilhantes e ativos. Meu tempo é 50 segundos para um giro de 180 graus, meu olhar é baixo e pensativo e minha boca não se mexe. Quero vibrar sair pulando e gritando com algo novo. No entanto, expresso um risinho meia boca de contentamento e felicidade. Que felicidade mais apagada, mais quieta e calma. E as energias?? Observo, somente observo.
Cadê os meu neurônios? Minha imaginação fértil? Minha vontade de fazer dez coisas ao mesmo tempo?
Algo mudou. Deve ser assim que acontece. É como uma troca de pele, como que faz parte do destino. Daí passou, você mudou e só tem lembranças de quem era comparando com que és. Faz parte de vida, dos anos. Será que temos que aceitar?

Um comentário:

  1. Cada um de nós temos o direito de nos render as falhas e as falta e é digno em nós de reconhece-las. Mesmo que assim nos fazer de momentos meramente infelizes, mas ter essa capacidade de se enxergar, pra mim é a pura inquietação daqueles que sempre buscam e nao se acomodam, e fogem do que seria apenas confortável. Claro que essas nuvens vão passar, sempre passam, e nao adianta pois na verdade a gente nao quer fugir delas, a gente quer vence-las. Bjsss amiga, te amo e parabéns pelo Blog.

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